Viajar é uma das prioridades de vida da atriz portuguesa e a base do seu equilíbrio. Esteve recentemente no Sri Lanka e contou-nos tudo…
Entrevista de redação VM
Fotografia de Filipe Neto e Joana Duarte
Viaja pelo mundo sem data para regressar. Acreditamos que esse é um desejo de muitas pessoas. O que a leva a deixar tudo e ir por esse mundo fora?
J.D. A minha resposta é muito direta e objetiva. Faço-o pela minha liberdade, pela minha sede de aventura e pela minha vontade de conhecer culturas diferentes.
A verdade é que o faz muitas vezes sozinha. Isso faz parte da tal liberdade que refere? Ou melhor, as viagens que faz contribuem para uma construção contínua da sua personalidade e da forma como depois passa a encarar o dia-a-dia?
J.D. Acredito que ter começado a viajar durante longos períodos de tempo e normalmente para muito longe fez que me tornasse uma pessoa mais desenrascada, mais terra a terra. Viajar faz-me mesmo crescer enquanto ser humano e, claro, ajuda-me a abrir constantemente os horizontes e as perspetivas de vida.
Por todos os lugares que já teve oportunidade de conhecer, como é que se define enquanto viajante e o que é que mais procura quando viaja?
J.D. Raramente viajo com algo planeado. Sou aquela viajante que vai à descoberta e que adora conhecer novas pessoas. Posso dizer que tenho amigos em quase todas as partes do mundo, é verdade. Tudo fica mais fácil, mas aquilo que procuro sempre em cada viagem é voltar de coração cheio. E não é que acontece sempre! [Risos]
A atriz Joana Duarte é uma viajante apaixonada pela incerteza dos destinos e as suas redes sociais são prova disso.
Esteve recentemente muito tempo no Sri Lanka que, curiosamente, é um dos temas em destaque nesta edição da Volta ao Mundo. Esta foi a primeira vez que esteve lá? O que é que o Sri Lanka lhe acrescentou?
J.D. Estive quatro meses e meio no Sri Lanka e, sim, foi a primeira vez. Apesar de já ter explorado bastante a Ásia noutras alturas, faltava-me carimbar este destino no meu passaporte. E isso aconteceu porque há muito tempo que queria fazer o curso de professora de yoga e achei que o Sri Lanka me proporcionava isso. E acabei por juntar o útil ao agradável, pois também gosto de viajar para surfar. Relativamente aos habitantes, a simpatia e a simplicidade das pessoas são indescritíveis.
De todo esse tempo que passou no Sri Lanka e do imenso que deve ter conhecido, é possível recomendar cinco lugares imperdíveis aos nossos leitores?
J.D. Claro que sim. Hiriketya, Mirissa, Ella, Sigiriya e Ahangama.
Faltou muita coisa por conhecer no Sri Lanka?
J.D. Visitar mais templos e passar algum tempo em retiros nas montanhas.
De uma forma geral e pensando nas viagens que fez ao longo da vida, há algum lugar que a tenha surpreendido ao ponto de querer viver lá para sempre?
J.D. Viajar tanto e por longos períodos também me fez perceber que, realmente, não há melhor do que voltar para casa, para a nossa família. Gosto imenso de partir e da sensação incrível de ir conhecer outros países e outras realidades, mas, sem que pareça cliché, amo viver no nosso Portugal.
Ainda assim, já começou a planear a sua próxima viagem?
J.D. Gostava imenso de ir para a Califórnia durante uns mesinhos.
Entrevista publicada na edição de maio de 2019 da revista Volta ao Mundo (número 295).
Fonte: Volta ao mundo